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PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS - Parte 3 Partes: 1 2 3 4 5 6 7    Anterior    Próxima   
Os inimigos da submissão

Primeiros inimigos - Os principados e as potestades rebeldes

Os princípios de luz sempre tiveram, e continuarão tendo até o final dos tempos, ferrenhos inimigos que têm todo o interesse em que tais princípios não apareçam e não sejam exibidos. São os que gostam de viver nas trevas, porque suas obras são más. Têm medo da luz. Efésios 6:12 nos diz: "...porque a nossa luta não é contra a carne e o sangue, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes". O diabo e seus demônios sempre estarão ocupados em evitar, de qualquer maneira possível, que os princípios de luz sejam vividos. Farão qualquer coisa que lhes esteja ao alcance para nos incitar à soberba, rebeldia e independência de YAOHUH UL (IÁORRU UL). Desde muito cedo YAOHUH UL (IÁORRU UL), sem nos subjugar, nos dirige de modo a podermos livremente exibir os princípios e nos alerta para tudo o que possa nos enredar e nos conduzir à rebeldia. Também, desde o princípio, o diabo cria estratégias para nos colocar todas as dificuldades possíveis e nos embaraçar ao máximo na exibição dos princípios de luz. O diabo não quer somente fazer com que pequemos, porque o pecado já tem cura: arrependimento e purificação no DAHM YAOHUSHUA (Sangue de YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA)), mas quer nos enredar em situações em que nosso pecado se perpetue. Ele não quer somente que tenhamos um deslize de rebeldia, mas que a rebeldia se instale definitivamente em nossos corações.

As escrituras nos mostram que a tentação diabólica sobre YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA), não somente após o jejum no deserto, mas durante toda a sua vida, foi no sentido de que a soberba e a rebeldia pudessem entrar e se instalar. Nós aprendemos em Filipenses 2:5 que YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) não julgou com usurpação o ser igual ao Altíssimo, e que, antes, se humilhou. Ha-satan trabalhou muito no sentido de tentar de todas as maneiras fazer com que YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) usurpasse o ser igual ao Altíssimo. No deserto tentou fazer com que usasse seus atributos de ULHIM, durante a vida tentou-o por meio das pessoas querendo fazê-lo rei neste mundo, por meio de Káfos (corrompido como 'Pedro') tentou fazer com que se desviasse do caminho do madeiro, deixando de ir para Yaohushuaoleym (corrompido como 'Jerusalém') e assim entrasse em rebeldia, e até no último momento, no meio de muitas dores dilacerantes do madeiro lá estava ha-satan gritando pela boca do povo para que YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) usasse seus atributos de ULHIM e descesse do madeiro, o que seria usurpação do ser igual ao Altíssimo.

Os espíritos malignos, sejam quais forem, estão sempre trabalhando no sentido de nos conduzir a uma situação de soberba, rebeldia e independência.

Segundo inimigo - O conhecimento do bem e do mal

Bereshiyt (Gênesis) 2:16-17 - "E ordenou YAOHUH (IÁORRU) Ulhim ao homem [ser humano], ao dizer: De toda árvore do jardim certamente comerás. E da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás dela, pois no dia em que comeres dela, certamente morrerás".

Há uma árvore, da qual YAOHUH UL (IÁORRU UL) seriamente recomendou que não comêssemos, embora já soubesse que dela o homem iria comer. Se YAOHUH UL (IÁORRU UL) não tivesse colocado esta árvore à disposição do homem, estaria impedindo o homem de decidir por si próprio, e assim, o estaria subjugando. YAOHUH UL (IÁORRU UL) proibiu o homem de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, mas não o impediu de comer dela. Se o homem não recebesse ao menos uma restrição ele não seria livre; seu livre arbítrio seria uma parte sua sem utilidade alguma, e alguém sem uso de seu livre arbítrio não é livre e sim escravo.

Ha-satan, o 'kerub' caído, tinha um interesse grande em fazer com que o homem comesse dessa árvore, não somente pelo pecado em si que conduziria o homem à morte espiritual, mas também, e principalmente, que o conhecimento do bem e do mal viesse a fazer parte da natureza do homem, mesmo depois que esse fosse redimido de seus pecados por YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA). O conhecimento do bem e do mal é um grande veneno para o homem e por isso YAOHUH UL (IÁORRU UL), na sua bondade, proibiu o homem de comer desse fruto. O conhecimento do bem e do mal é um enorme empecilho ao exercício da submissão. O conhecimento do bem e do mal não impede a submissão, mas a torna extremamente mais difícil para o homem. Porque? Porque quando adquirimos conhecimento do bem e do mal, passamos a julgar todas as ordens superiores, avaliar todas as intenções superiores, julgar o caráter dos superiores, avaliar as consequências da execução das ordens superiores, julgar a retidão e a justiça das ordens superiores. O mais triste nisso tudo é que muitas vezes, no nosso julgamento, prevalece o nosso conceito de certo e errado, bem e mal, e a ordem superior que devia ser obedecida é descartada, fazendo a rebeldia prevalecer. A verdade é que, se permitirmos que o conhecimento do bem e do mal nos domine, compararemos todas as ordens de YAOHUH UL (IÁORRU UL) com nossos próprios padrões, e se não concordarmos, não obedecemos. Isto é soberba! Jamais podemos, por qualquer razão que seja, discordar de YAOHUH UL (IÁORRU UL). Há alguma comparação que se possa fazer entre os nossos pensamentos e os pensamentos de YAOHUH UL (IÁORRU UL)? As escrituras dizem que os pensamentos de YAOHUH UL (IÁORRU UL) não são os nossos pensamentos, nem os seus caminhos os nossos caminhos. Assim, o homem que se guia por "certo e errado" está seriamente entregue à soberba e rebeldia. Vou lembrar para você as palavras maliciosas que ha-satan usou para tentar Khavyao (corrompido como 'Eva') a comer o fruto: "Porque ULHIM sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como ULHIM, sereis conhecedores do bem e do mal". As palavras "como ULHIM" mostram bem claro a indução à soberba, requisito indispensável ao pecado. Nós falamos muito do pecado de Khavyao (corrompido como 'Eva') e de "adam" (ser humano), mas não paramos para observar que algo precedeu o pecado, sem o que o pecado nem teria ocorrido: a soberba. Ha-satan plantou em primeiro lugar a soberba, o desejo de serem como ULHIM. O grande erro de Khavyao e de seu marido não foi o de comer do fruto proibido e sim, de se deixarem contaminar com a soberba, querendo ser "como ULHIM". Se a soberba não tivesse contaminado o coração de Khavyao, o fruto não teria sido comido. Essas palavras induziram Khavyao a comer e dar a seu marido para que ele também comesse e entrasse este veneno em toda a raça humana. Quero fazer agora uma afirmativa e negritá-la para que fique destacado e claro em nossas mentes e corações: "YAOHUH UL (IÁORRU UL) não nos criou e chamou para fazermos o que achamos certo e deixarmos de fazer o que achamos errado. YAOHUH UL (IÁORRU UL) nos chamou a exercermos submissão". O coração de YAOHUH UL (IÁORRU UL) para "adam" (o ser humano) era de estar sempre junto a ele e instruí-lo a cada instante o que deveria ou não fazer. Nunca foi o desejo de YAOHUH UL (IÁORRU UL) que o homem buscasse acertar por si mesmo ou por si mesmo evitasse errar. Na mente de YAOHUH UL (IÁORRU UL), certo é fazer o que Ele manda, seja lá o que for. Errado, segundo a mente de YAOHUH UL (IÁORRU UL), é não fazer o que Ele mandou, ou fazer o que Ele não mandou. O que me move a fazer alguma coisa ou deixar de fazer alguma coisa não deve ser nunca o meu julgamento sobre ser aquilo bom ou mau, certo ou errado. O que me move a fazer qualquer coisa ou deixar de fazer deve ser, obrigatoriamente, a vontade de YAOHUH UL (IÁORRU UL). Se YAOHUH UL (IÁORRU UL) mandou, é certo. Se YAOHUH UL (IÁORRU UL) proibiu, é errado. Isso é submissão. Vamos analisar, à luz das escrituras, exemplos do sucesso de quem colocou a submissão em primeiro lugar e o fracasso de quem colocou o conhecimento do bem e do mal em primeiro lugar.

Um "errado" que era certo

Nosso primeiro exemplo vem de Abruham (corrompido como 'Abraão'), que peço a você que leia em Bereshiyt (Gênesis) 22:1-18. Se hoje perguntarmos, entre várias pessoas, quem acha certo matar uma criança, não receberemos de ninguém resposta alguma afirmativa. Todos sempre me respondem que ninguém acha certo matar uma criança. Eu também, dentro de meu conhecimento do bem e do mal, não acho certo matar uma criança. Houve, porém, um dia, em que YAOHUH UL (IÁORRU UL) se dirigiu a Abruham (Abraão), depois de já lhe ter prometido numerosa descendência em Bereshiyt (Gênesis) 15:5, e lhe ordenou que tomasse seu filho Yaohutzkaq (corrompido como 'Isaque'), fosse à terra de Moriáh, e ali o oferecesse em holocausto sobre um dos montes. Eu, em particular, não vejo YAOHUH UL (IÁORRU UL) atuando desta forma na atual época da graça, até porque o maior holocausto que poderia ser ofertado já o foi, o de YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) no madeiro. Contudo, devemos estar certos de que há inúmeras situações em nossas vidas hoje, que demandarão de nós uma escolha aos moldes de Abruham (corrompido para 'Abraão'): Ou fazemos o que YAOHUH UL (IÁORRU UL) mandou, ou fazemos o que achamos certo. Abruham passou por esta escolha. Abruham teve de optar. Era o filho da promessa? Sim. Então como poderia estar certo matá-lo? Matar o filho da promessa faria de YAOHUH UL (IÁORRU UL) um mentiroso, pois Ele disse em Bereshiyt (Gênesis) 21:12 que "em Yaohutzkaq (corrompido como 'Isaque') seria chamada a sua descendência". O conhecimento do bem e do mal, do certo e do errado guerrearam contra a submissão a YAOHUH UL (IÁORRU UL), no coração de Abruham. Mas, HaolulYaohu (corrompido como 'aleluia'), a submissão venceu. YAOHUH UL (IÁORRU UL), o ULHIM dos Impossíveis, operou o milagre de permitir que Abruham matasse seu filho e ao mesmo tempo voltasse para casa com ele. Sempre que afirmo que Abruham matou seu filho como YAOHUH UL (IÁORRU UL) mandou, alguém logo se prontifica a me fazer lembrado de que Abruham "não chegou a matar" Yaohutzkaq e que YAOHUH UL (IÁORRU UL) o impediu antes da consumação do ato. Concordo plenamente com os que me lembram disso, contudo, precisamos aprender algo mais sublime do que o que se passa no mundo visível. É o que se passa no mundo espiritual. A epístola aos hebreus nos afirma que "pela fé" Abruham ofereceu Yaohutzkaq. Não diz que quase ofereceu, mas diz que ofereceu. Uma coisa é entendermos o que se passa no mundo visível, outra, é percebermos com olhos espirituais o que se passa no invisível. Precisamos aprender a olhar através dos olhos de YAOHUH UL (IÁORRU UL), ver uma situação como YAOHUH UL (IÁORRU UL) vê esta situação. Em Bereshiyt (Gênesis) 22:12 lemos: "Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que Me temes, porquanto não Me negaste o filho, o teu único filho". YAOHUH UL (IÁORRU UL) disse: "Agora sei". Mas sabe como, se Abruham não chegou a desferir o golpe fatal de cutelo? Como podia YAOHUH UL (IÁORRU UL) dizer que Abruham não lhe negou seu único filho? Porque YAOHUH UL (IÁORRU UL) vê o interior do coração onde está a verdade da nossa vida e não somente o exterior, onde os homens vêm. No interior do coração de Abruham, YAOHUH UL (IÁORRU UL) viu Abruham sacrificar Yaohutzkaq. No coração de Abruham já era fato consumado e YAOHUH UL (IÁORRU UL) viu. Como eu prefiro sempre ver as coisas como YAOHUH UL (IÁORRU UL) vê, se me perguntarem se Abruham matou Yaohutzkaq, a minha resposta é sim. Matou e voltou para casa com ele vivo, porque YAOHUH UL (IÁORRU UL) não é mentiroso e é o ULHIM dos Impossíveis.

Não nos vejo hoje tendo que tomar decisões exatamente iguais a de Abruham, mas certamente nos vejo tendo de tomar decisões bastande semelhantes no nosso dia a dia em YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA). A ordem de YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) de negarmos a nós mesmos implica, entre outras coisas, deixar de lado nosso conhecimento de certo e errado, bem e mal, no nosso relacionamento com Ele, na nossa vida. Abruham não agradou a YAOHUH UL (IÁORRU UL) porque fêz o que achava certo, e sim, porque fêz o que YAOHUH UL (IÁORRU UL) mandou, por mais absurda que a ordem pudesse parecer aos seus olhos.

Dois "certos" que eram errados

O que você faria se a arca da aliança, habitação do Altíssimo entre os homens nos tempos da antiga aliança, estivesse diante de você prestes a cair no chão, tendo YAOHUH UL (IÁORRU UL), antes, proibido que ela fosse tocada por qualquer que não fosse dos levitas? Faria o que acha certo ou faria o que YAOHUH UL (IÁORRU UL) ordenou? Um homem chamado Uzá, filho de Abinaodab se encontrou um dia nesta situação e optou por fazer o que achou certo. Em 2 Shamuul (corrompido como 'Samuel') 6:6,7 lemos: "Quando chegaram a eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca do Altíssimo e a segurou, porque os bois tropeçaram. Então a ira do Altíssimo se acendeu contra Uzá, e o Altíssimo o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca do Altíssimo". Os corações humanos são sempre cheios de "boas intenções"; contudo, não fomos criados e chamados para agirmos por "boas intenções", mas por submissão ao Altíssimo. O Altíssimo possui à sua disposição miríades de anjos que ao seu comando poderiam sustentar a arca para que não caísse, ou mesmo deixá-la cair e restaurá-la, enfim, soluções jamais faltam ao Altíssimo para os problemas. YAOHUH UL (IÁORRU UL) não está preocupado com os problemas, Ele está, sim, totalmente empenhado em eliminar por completo no Seu Reino o uso dos princípios de trevas. Em outras palavras, se YAOHUH UL (IÁORRU UL) deu ordem de não tocar na arca e a arca está caindo, isto é um problema que só YAOHUH UL (IÁORRU UL) pode resolver e não eu. Na verdade tal problema nem ocorreria se o transporte já tivesse sido, desde o princípio, como YAOHUH UL (IÁORRU UL) ordenou, sobre os ombros dos levitas e não em carro de boi (Deut. 10:8). Quando a arca foi de novo transportada para a Cidade de Daud (corrompido como 'Davi'), notamos em 2 Shamuul 6:13 que a lição havia sido aprendida e que agora os levitas estavam carregando a arca adequadamente. Não fomos chamados para agir de acordo com conceitos de "certo" ou "errado", mas somente segundo aquilo que YAOHUH UL (IÁORRU UL) determine.

Outro episódio relatado nas escrituras sobre alguém que preferiu fazer o que achava certo em vêz de fazer o que YAOHUH UL (IÁORRU UL) mandou está em 1 Shamuul 15:1-28. Shaul (corrompido como 'Saul') recebeu do Altíssimo, por meio do profeta Shamuul, a ordem de castigar os amalequitas, ferindo e destruindo tudo. YAOHUH UL (IÁORRU UL) disse: "Nada lhe poupes". Matem tudo o que encontrarem, pessoas, velhos ou moços, crianças, bois, ovelhas, camelos e jumentos. Shaul preferiu usar seu conceito de certo e errado em vêz de usar de submissão a YAOHUH UL (IÁORRU UL). Poupou a vida de Agague e poupou também o melhor que havia entre os animais, porque isso pareceu "certo" a Shaul. Ele estava julgando o que era bom ou mau, certo ou errado. Estava tomando o lugar de YAOHUH UL (IÁORRU UL). De volta da jornada, questionado por Shamuul, Shaul tinha certeza de ter feito "a coisa certa". Shamuul então lhe fêz ver o quão rebelde tinha sido fazendo o que achou certo e não o que YAOHUH UL (IÁORRU UL) ordenou. Disse-lhe Shamuul: "Melhor é obedecer do que sacrificar". Dentro do contexto deste episódio, Shamuul estava dizendo que "melhor é exercer submissão do que fazermos o que pensamos ser bom", porque Shaul poupou os animais com "boa intenção" de oferecer sacrifícios a YAOHUH UL (IÁORRU UL).

A lei e o espírito da lei

O entendimento da diferença entre lei e espírito da lei nos abre uma janela de visão espiritual muito grande, mas também nos traz enorme responsabilidade. Muitos, nos dias atuais, vivem e baseiam suas vidas em alguma lei, em algo que está escrito. Os antigos judeus pautavam suas vidas e conhecimento pelas escrituras e pela lei mosaica. Tinham não somente os dez mandamentos, como todas as ordenanças que foram entregues por Mehushua (corrompido como 'Moisés'), como as leis sobre os sacrifícios, as leis sobre os alimentos, as leis sobre a lepra, as leis sobre os sacerdotes, etc. Tinham leis escritas, ordenanças acerca do que fazer e do que não fazer, e, se queriam ser obedientes, deviam ler e reler continuamente o seu conteudo, pois para eles "valia o que estava escrito". A partir da vinda de YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA), muito do que estava escrito na lei recebeu, não um cancelamento ou invalidação, mas uma revelação espiritual do seu significado e de suas razões. YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) trouxe luz. YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) estava, com suas palavras, revelando o "espirito da lei". O "espírito da lei" é aquilo que está no coração do legislador quando este prescreve uma lei. O grande problema é que o que está escrito numa lei nem sempre evidencia o coração do legislador. Isto que aqui estudamos tem como objetivo, justamente, alcançar o coração do Legislador. Há duas coisas importantes a considerarmos acerca de conhecermos o espírito da lei, e este é o desejo de YAOHUH UL (IÁORRU UL) manifestado claramente nas escrituras quando diz em Hebreus 8:10, citando Yarmiyaohu (corrompido como 'Jeremias') 31:33: "Mas este é o pacto que farei com a casa de Yaoshorul (corrompido como 'Israel') depois daqueles dias, diz YAOHUH UL (IÁORRU UL): Porei minhas leis nas suas mentes e sobre seus corações as escreverei; e lhes serei por ULHIM e eles me serão por povo". A primeira coisa importante é entendermos que o conhecimento do espírito da lei nos livra totalmente da lei escrita, e isso não significa rasgarmos as nossas escrituras, porque há muita coisa escrita que ainda precisamos de revelação do coração de YAOHUH UL (IÁORRU UL). A segunda é que o conhecimento do espírito da lei nos aumenta muito a responsabilidade. Isto, porém, é o fato relevante: que conhecer o espírito da lei nos livra totalmente da letra da lei.

Trago em meu coração, sempre, um exemplo ilustrativo acerca da lei escrita e do conhecimento do "espírito da lei" que nos ajuda a compreender melhor estas coisas.

Imaginemos que o presidente de nosso país, avaliando as despesas governamentais, concluiu, com seus ministros, que o gasto com importação de petróleo para produzir gasolina estava muito elevado e precisava de uma grande redução. Conversou com seus ministros e todos concluiram que se os carros se deslocassem em menor velocidade o consumo de gasolina cairia. Em função disso, foi emitida uma lei que dizia em seu texto: "É proibido dirigir em velocidade superior a 60 Km/h". Esta se torna, assim, a lei escrita, a "letra da lei". Podemos assim destacar:

Lei escrita: "É proibido dirigir em velocidade superior a 60 Km/h".
Espírito da lei: "Quero reduzir nossos gastos com petróleo".

Quando não temos o conhecimento do espírito da lei, obedecemos à lei escrita e não andamos acima de 60 Km/h. Contudo, acendemos fogueira usando gasolina, usamos gasolina em limpeza de peças, não cuidamos do motor do carro que está consumindo gasolina além do necessário, porque há muito tempo não recebe manutenção, e assim por diante. Quando nos limitamos à lei escrita, estamos fazendo muitas coisas contra o desejo do legislador, sem nem percebermos, porque o que ele, no caso, deseja, é que poupemos gasolina.

Por outro lado, o conhecimento do espírito da lei nos traz maior liberdade e também maior responsabilidade. Se temos o conhecimento de que esta lei foi emitida com a finalidade única de economizar combustível, teremos toda a liberdade de atingir 120 Km/h numa ladeira com o motor desligado sem que isso seja uma transgressão à lei; contudo, em contrapartida, apesar de não haver nada escrito na lei acerca de acender fogueiras com gasolina, nosso conhecimento do espírito da lei nos proibirá de gastar gasolina desta ou de qualquer outra forma, para, de fato, atendermos o desejo do legislador.

Este simples exemplo nos dá uma ilustração do que YAOHUH UL (IÁORRU UL) quer dizer com colocar suas leis nas nossas mentes (não mais em papel) e nos nossos corações as escrever. Recebemos o RUKHA ULHIM dentro de nós e Ele tira nossos olhos de toda lei escrita e nos é por Espírito da Lei. O Rei YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) nos prometeu que o RUKHA ULHIM nos conduziria a toda a verdade e nos faria lembrados de todas as suas palavras. Nos garantiu que Ele nos ensinaria todas as coisas. Quando insistimos em permanecer na letra da lei, podemos estar certos de que muito da vontade do Legislador está deixando de ser feita, apesar da letra estar sendo cumprida (se é que está). O papel nos mostra a lei, mas o RUKHA é que nos mostra o coração de YAOHUH UL (IÁORRU UL).

Houve um dia que um jovem muito rico se aproximou de YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) dizendo-se cumpridor de toda a lei escrita. YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) então lhe disse que vendesse tudo o que possuia e o seguisse. Onde, na lei, está escrito, que devemos vender tudo que temos para dar aos pobres? Aquele jovem rico nunca tinha lido tal mandamento, porque não estava escrito em nenhum papiro ou tábua, nem nos nossos papeis de hoje em dia. Se você vasculhar de Bereshiyt (Gênesis) a Ranodgalut (Apocalipse) não encontrará tal mandamento nas escrituras; contudo, há algo que é muito superior e melhor do que a lei escrita, que é a vontade do Legislador. O jovem era até capaz de cumprir a lei escrita (se é que era), mas não se dispôs a fazer a vontade expressa do Legislador, para ele. Não vivia no RUKHA, mas na letra. As próprias escrituras esclarecem tão bem que a letra mata, e o RUKHA é que vivifica!

Um aspecto sério, deste assunto que estamos conversando, é o da convivência de quem está no RUKHA com quem ainda permanece na letra. Na ilustração que fizemos sobre a lei limitando a velocidade, um legalista ao ver passar um veículo a 100 Km/h numa descida, e desligado, dirá de pronto: Ele está em pecado!!! O legalista não conhece o espírito da lei, e por isso não possui nem a liberdade que tal conhecimento traz e nem a responsabilidade; contudo está sempre pronto a acusar alguém de pecado! Fizeram isso inúmeras vezes com YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA), quando Ele curava alguém no sábado. Só olhavam para a lei escrita de guardar o sábado, mas não tinham a menor idéia do que se passava no coração de YAOHUH UL (IÁORRU UL), nem de suas razões, quando ele ordenou que se guardasse o sábado. Na época dos primeiros Yaohushuahim (os que crêem em YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA)) havia este problema de convivência com relação a comer e beber. Uns já estavam na liberdade do RUKHA e comiam de tudo, outros ainda permaneciam na obediência da letra e restringiam alimentos. O que pesa malignamente é que, o que está na liberdade do RUKHA, muitas vezes é tido por pecador e libertino, e o rígido da letra é tido por zeloso e reto. Por isso as escrituras nos recomendam que não causemos escândalo aos nossos irmãos, que por só enxergarem a letra, podem, eventualmente, vir a nos considerar em grave pecado, segundo a letra, e se escandalizar. Viver na letra da lei e condenar quem vive na liberdade do RUKHA é a atitude farisaica típica. Os fariseus fizeram muito isso com YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA).

Outro aspecto muito sério deste assunto é que as mesmas escrituras recomendam que não usemos da nossa liberdade para dar lugar à nossa carne. É verdade que a vida fora da letra, no RUKHA, nos traz liberdade. As escrituras nos dizem que onde há o RUKHA ULHIM aí há liberdade; contudo, nos traz uma muito maior responsabilidade, porque o desejo revelado pelo RUKHA, e que está por traz de toda lei escrita, é o AMOR, e o AMOR é um princípio proveniente da humildade e da submissão, pois é um mandamento. O AMOR foi revelado por YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) como o espírito de toda a lei. Aquele que ama cumpre toda a lei de YAOHUH UL (IÁORRU UL). É o mesmo que dizer que se, pela submissão, obedecemos o mandamento de amar, estamos cumprindo toda a lei, porque o que YAOHUH UL (IÁORRU UL) sempre quis quando nos deu os mandamentos e toda a lei mosaica, foi que O amássemos acima de tudo e também ao nosso próximo como a nós mesmos.

Terceiro inimigo - A carne

Muitos, infelizmente, ainda não perceberam um inimigo grande da submissão que está muito perto de nós, ou melhor, faz parte de nós: a nossa carne. A palavra carne nas escrituras nem sempre fica clara para muitos com relação a que se refere. O ser humano, criado à imagem e semelhança do Altíssimo, é espírito, pois o Altíssimo é espírito. O ser humano possui uma alma. As escrituras dizem que somente algo extremamente afiado como a Palavra de YAOHUH UL (IÁORRU UL) pode separar alma de espírito. Espírito e alma, no ser humano, apesar de extremamente ligados e relacionados, são duas partes diferentes. O corpo é a terceira parte do ser humano à qual as escrituras se referem. Corpo e alma são também bastante interligados e relacionados. Muitos confundem carne com corpo, mas na realidade não são a mesma coisa. A carne à qual as escrituras se referem está relacionada à interação da alma humana com o corpo  humano.  Em palavras bem simples, é a parte de nós que não é restaurada no nosso novo nascimento. Nosso espírito renasce totalmente no novo nascimento, mas nossa carne só será restaurada na nossa ressurreição ou no arrebatamento da Oholyao, dependendo de qual ocorrer primeiro. Há três componentes na alma humana que podemos destacar e estudar para que trabalhem a nosso favor e não contra nós. São eles: vontade, intelecto e emoção. A vontade (ou volitivo) é o lado da nossa alma de onde aflora aquilo que queremos. O intelecto (ou razão) é a área da nossa alma de onde aflora a lógica. A emoção (ou sentimentos) é a área da nossa alma de onde aflora o que sentimos. Vontade, intelecto e emoção nos foram dados por YAOHUH UL (IÁORRU UL) para nos serem
úteis e não para serem causa de tropeço. Vontade, intelecto e emoção não nos devem conduzir a princípios de trevas e sim, devem estar sob o nosso controle (só os que tem o RUKHA conseguem controlar) para não serem empecilhos ao exercício da submissão.

A vontade, o intelecto e a emoção, apesar de fazerem parte de nós, não é o que nós somos, mas sim parte do que temos. Do mesmo modo que no corpo temos mãos, pés, pernas, cabeça, na alma temos vontade, intelecto e emoção. O que nós somos é o nosso espírito. É no espírito que têm lugar as decisões. O espírito é quem diz "sim" ou diz "não". No nosso espírito é onde fica uma enorme dádiva de YAOHUH UL (IÁORRU UL) aos homens: o livre arbítrio. O livre arbítrio é quem determina tudo na nossa vida. Tudo em nós tem de passar por uma decisão do livre arbítrio. Para entendermos melhor esta questão de alma, espírito, livre arbítrio, vamos exemplificar para esclarecer e veremos os princípios em ação. Suponhamos que alguém procurou um médico de emagrecimento e foi proibido por ele de ingerir açucar. Esta pessoa então passa à frente de uma lanchonete onde vê um apetitoso sorvete. A imagem captada pelos olhos (corpo) faz aflorar da alma a vontade de tomar aquele sorvete (concupiscência dos olhos). Esta requisição, se podemos assim chamar, é passada ao nível superior, o espírito, para que o livre arbítrio decida sobre a sua autorização. Se o livre arbítrio diz "sim" você entra na lanchonete e pede o tal sorvete e o toma. Se o livre arbítrio diz "não" você vira as costas e segue seu caminho sem tomar o sorvete. Conseguimos perceber aqui que há duas coisas diferentes operando dentro de nosso ser: a vontade e o livre arbítrio. Não somos mais obrigados a fazer tudo o que temos vontade, porque não somos mais escravos da carne, como quando ainda não tinhamos renascido em YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA). Os ímpios, que ainda não se renderam a YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) para serem salvos, são escravos de suas vontades, razões e emoções. O livre arbítrio deles não é livre. As escrituras dizem que para a liberdade foi que YAOHUSHUA (IAORRÚSHUA) nos libertou. As escrituras nos ensinam que a carne (corpo associado a vontade, intelecto e emoção) não está sujeita a YAOHUH UL (IÁORRU UL) (não é submissa). Ora, se a nossa carne não é submissa a YAOHUH UL (IÁORRU UL), é claro que ela nos requisitará coisas que estão fora da vontade de YAOHUH UL (IÁORRU UL), sendo pois um empecilho ao exercício da submissão.

Felizmente não estamos sozinhos nesta luta. O nosso espírito possui algo muito especial dado por YAOHUH UL (IÁORRU UL) para ser a sua voz em nós. A nossa consciência. É extremamente interessante notarmos que a nossa consciência, a exemplo de muitos órgãos do nosso corpo, e mesmo de componentes de nossa alma, tanto mais se desenvolve quanto mais nos utilizamos dela, e chega a atrofiar completamente se não a utilizamos. Mesmo o mais impio dos ímpios tem uma consciência; muito atrofiada, é verdade, mas uma consciência. É esta consciência, mesmo que atrofiada, que permite que a pessoa um dia (queira YAOHUH UL (IÁORRU UL)) se arrependa e se converta de seus maus caminhos. A consciência é a voz de YAOHUH UL (IÁORRU UL) que auxilia o nosso livre arbítrio na tomada de decisões. Sempre que uma requisição qualquer, venha ela da nossa vontade, ou venha de nosso intelecto ou de nossas emoções, chega ao nosso livre arbítrio para decisão, a nossa consciência nos ajuda.

É muito importante notar que, a nossa consciência nunca toma a decisão por nós, senão estaríamos sendo subjugados por YAOHUH UL (IÁORRU UL). A nossa consciência nos auxilia por aconselhamento, nunca por tomar decisões por nós.

Nas escrituras podemos encontrar inúmeras situações em que corpo, vontade, intelecto e emoção (carne) foram causa de tropeço para pessoas. Dentre elas gostaria de separar aqui uma que diz respeito ao intelecto traindo um homem e sendo um empecilho ao exercício dos princípios de luz. Este homem foi Naamã, conforme podemos ler em II Reis 5. Naamã não era judeu e estava leproso. Ouviu Naamã falar que em Yaoshorul (corrompido como 'Israel') havia profeta (e falaram a verdade). Lá estava em Yaoshorul o profeta Ulshua (seu nome significa "O Altíssimo é Salvação") erroneamente traduzido por Eliseu (que significa "meu EL é Zeus"). Naamã decidiu ir até Yaoshorul e encontrar-se com Ulshua para ser curado de sua lepra. A caminho de Yaoshorul o intelecto de Naamã foi solicitando coisas e mais coisas e o livre arbítrio de Naamã foi autorizando. Seu intelecto sugeriu que o profeta deveria sair de sua casa ao encontro dele. Seu intelecto sugeriu que o profeta deveria parar em pé diante de si e, levantando as mãos aos céus, orar ao Altíssimo. Seu intelecto sugeriu que então o profeta com suas mãos arrancaria toda a sua lepra e que ele assim seria curado, retornando à sua casa. Porém tudo aconteceu de forma diferente do que Naamã havia meticulosamente planejado. O profeta Ulshua não saiu e sim mandou o seu mensageiro com a ordem para Naamã de banhar-se sete vezes no rio Yardayan (corrompido como 'Jordão'). Naamã achou tudo isso um absurdo! O profeta não saiu ao seu encontro, não orou, não arrancou a lepra com suas mãos e ainda por cima mandou que ele se banhasse num rio que ele considerava bem insignificante, se comparado aos rios de sua terra. Naamã virou as costas e foi embora. Contudo, bem aventurado era Naamã, que apesar de escravo de seu intelecto, era cercado de homens sábios e que o aconselharam a obedecer a ordem do profeta. Colocar a submissão como fator de decisão e não o intelecto. Bem aventurado foi Naamã de ouvir aos seus oficiais que o dissuadiram de retornar leproso por nada daquilo estar lhe parecendo "lógico" nem muito bem "planejado". Naamã acabou por obedecer a ordem do profeta tomando sete banhos no rio Yardayan (corrompido como 'Jordão') e eis que estava completamente limpo de sua lepra. Situações como a de Naamã estão até os nossos dias preservadas nas escrituras para que aprendamos a viver os princípios de luz, nos desembaraçando dos empecilhos, nessa maravilhosa aula de princípios que envolve toda a criação.
Continuemos então para a parte 4 desse estudo. Partes: 1 2 3 4 5 6 7    Anterior    Próxima    Home