Expressões ou palavras entre colchetes referem-se a traduções alternativas possíveis no idioma hebraico. Parêntesis são utilizados para palavras que não aparecem no texto hebraico, mas que são corretamente subentendidas pela construção verbal ou ortografia hebraica.
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Assim foram concluídos os céus e a terra, e todo seu exército [hoste, milícia]. |
A criação do homem completa a milícia (exército), agora com um ser feito à própria imagem do Criador. Nenhum outro ser será posteriormente criado por Ulhim, depois do ser humano. Os demais seres espirituais, a serem revelados em textos posteriores das escrituras, não possuem imagem nem semelhança de Ulhim, embora tenham sido criados antes do ser humano, e também componham a referida milícia (exército). Nota-se aqui a preparação para uma guerra a ser travada, evidenciada por "exército". |
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E terminou Ulhim no dia sétimo Sua obra a qual realizou; e Ele descansou no dia sétimo de toda a Sua obra a qual realizou. |
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E Ulhim abençoou o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra, a qual criou Ulhim, concluindo-a [realizando-a]. |
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Ocorrência #1 do Nome Pessoal do Criador |
Esta é a história dos céus e da terra na criação, no dia em que fez, YAOHUH (IÁORRU) Ulhim, terra e céus. |
Pela primeira vez o Criador é mencionado nominalmente nas escrituras. Antes deste verso, somente o título Ulhim foi utilizado. A partir de 2:4 o Criador passa a ser mencionado pelo Seu Nome, "YAOHUH (IÁORRU)", a correta transliteração literal portuguesa do Tetragrama. O Nome "YAOHUH (IÁORRU)" será doravante encontrado, podendo, ou não, ser acompanhado de títulos. "YAOHUH", se pronuncia "IÁORRU" em fonemas da língua portuguesa. O texto hebraico apresenta o Nome, excepcionalmente com sinais massoréticos, para esclarecer e enfatizar a pronúncia correta. |
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Ocorrência #2 do Nome Pessoal do Criador |
E nenhum arbusto do campo havia ainda na terra, e nenhuma erva do campo havia ainda germinado, porque YAOHUH (IÁORRU) Ulhim não havia feito chover sobre a terra, e homem [ser humano] não havia para lavrar [cultivar] o solo. |
A palavra "solo" é tradução da palavra "adamah" hebraica, de onde a palavra "adam" (homem, ser humano) se origina. De forma mais significativa, poderiamos traduzir "adam" por "formado do solo".
É muito importante notar aqui, que mesmo antes da queda, ainda no estado de inocência, era esperado um trabalho do ser humano quanto a cuidar da terra. Tal trabalho, de natureza prazerosa, isento de peso de maldição, visava principalmente evidenciar que nenhuma harmonia provém do acaso, mas sempre de uma ação determinada de construí-la e mantê-la. O verso 15, adiante, confirmará este conceito. Além disso, como princípio estabelecido, o trabalho prazeroso será também esperado do homem em seu estado de redenção, pelas mesmas razões aqui destacadas.
Aqui a construção em português necessitou ser ajustada para uma melhor composição do que seria literalmente "e todo arbusto do campo ainda não havia na terra", e também "e toda erva do campo ainda não havia germinado". |
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E uma fonte [manancial] brotou da terra e alagou [embebeu] toda a face do solo. |
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Ocorrência #3 do Nome Pessoal do Criador |
E modelou YAOHUH (IÁORRU) Ulhim o homem [ser humano], barro [pó] do solo, e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem [ser humano] se tornou um ser vivente. |
Aqui vemos com mais clareza a relação entre "adamah" e "adam". "'Aphar min-ha-adamah", o "barro do solo" do qual o homem foi feito. É ainda de interesse observar que na sequência do relato, o homem foi criado após um alagamento do solo, o que traz maior compreensão em considerarmos "barro do solo" com preferência sobre "pó do solo", como encontrado em outras traduções. |
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Ocorrência #4 do Nome Pessoal do Criador |
E plantou YAOHUH (IÁORRU) Ulhim um jardim em Éden, na direção do oriente, e colocou ali o homem [ser humano] que formou. |
"Gan" significa "jardim". "'Eden" significa "prazer", "delícia". "Jardim em Prazer" seria uma tradução totalmente literal, não fosse a preposição que exprime a idéia de localização "Jardim em Éden", evidenciando ser "Éden" um nome próprio de lugar. A expressão "gan-'eden", sem a preposição, significa "paraíso", cujo conceito não está distante do que o texto aqui quer transmitir. Optamos aqui pela forma "jardim em Éden", porque estas duas palavras serão usadas separadamente adiante, mas podemos considerar também, conceitualmente, a forma mais literal. |
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Ocorrência #5 do Nome Pessoal do Criador |
E fez brotar YAOHUH (IÁORRU) Ulhim, do solo, toda árvore de aspecto desejável e boa para comer; e a árvore das vidas, em meio ao jardim [em pleno jardim], e a árvore do conhecimento do bem e do mal. |
Aqui se inicia a disponibilidade de escolha para o homem. Presentes ao jardim, a vida, representada pela árvore das vidas, e a morte, representada pela árvore do conhecimento do bem e do mal. Vida e morte ao alcance da escolha do homem. Esta escolha entre morte e vida se perpetuará por toda a escritura, apresentada de diferentes formas, mas sempre mantendo o fundamento básico da escolha. A expressão "em meio ao jardim" ou "em pleno jardim" ocorre depois da referência à árvore da vida. Significa sua presença entre as muitas outras árvores também lá presentes. Não representa uma localização física desta árvore, senão a simples presença dela como parte do jardim. Mais adiante veremos uma referência física de "centro" com relação à árvore do conhecimento do bem e do mal, que aqui não foi expressa, senão no capítulo 3 verso 3. O original hebraico apresenta "vidas" no plural como "árvore das vidas", e não no singular como "árvore da vida", certamente em harmonia com Ranodgalut (Apocalipse) 22:2 que diz: "...e as folhas da árvore são para a cura das nações". É uma árvore para todas as vidas que dela se alimentarão. |
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E um rio saía de Éden para banhar o jardim; e dali se dividia tornando-se em quatro nascentes [cabeceiras]. |
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O nome do primeiro é Piyshon que percorre [rodeia] toda a terra de Khaviylah, onde há ouro; |
Piyshon se pronuncia "Pii-chôn", e Khaviylah se pronuncia "Ra-vii-lá". |
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E o ouro desta terra é bom; há âmbar [bdélio] e pedra ônix. |
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E o nome do segundo rio é Guiykhon; aquele que percorre [rodeia] toda a terra de Kush. |
Guiykhon se pronuncia "Gui-rron". Algumas traduções apresentam Kush como a atual Etiópia, de forma meramente interpretativa; contudo, o texto original apresenta Kush somente. |
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E o nome do terceiro rio é Khideqel; aquele que corre ao oriente de Ashur. E o quarto rio é Phrat. |
Algumas traduções apresentam Assíria, impondo erroneamente tradução a nome próprio de lugar, embora "Ashur" seja o vocábulo usado no texto original. Do mesmo modo, Eufrates é corrupção do nome original "Phrat". Também o rio Khideqel (Ri-de-quel) é apresentado em algumas traduções pelo nome de "Tigre", o que é tentativa indevida de traduzir nomes próprios. O texto apresenta "Khideqel", como é o seu nome original hebraico. |
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Ocorrência #6 do Nome Pessoal do Criador |
E YAOHUH (IÁORRU) Ulhim tomou o homem [ser humano], e o colocou no paraíso, para o cultivar e o guardar. |
Aqui a expressão "gan-'eden" aparece sem a preposição do verso 8, trazendo definitivamente o conceito de "paraíso" ao local de habitação do ser humano. É, literalmente, o "Jardim-Prazer". |
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Ocorrência #7 do Nome Pessoal do Criador |
E ordenou YAOHUH (IÁORRU) Ulhim ao homem [ser humano], ao dizer: De toda árvore do jardim certamente comerás. |
A forma de reforço verbal usada aqui para o verbo comer é a mesma utilizada no verso seguinte para o verbo morrer. O advérbio "certamente" dá mais sentido em português para o que seria em hebraico, literalmente, "comerás, comerás", enfatizando o verbo. Diversos advérbios podem ser subentendidos nesta formação verbal hebraica, desde que sejam sempre um reforço para a ação do verbo, como por exemplo: "verdadeiramente comerás", "de fato comerás", "com certeza comerás", etc., lembrando sempre que tais advérbios não estão escritos no texto, mas são subentendidos pela construção verbal hebraica. |
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E da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás dela, pois no dia em que comeres dela, certamente morrerás. |
O homem é aqui colocado em plena liberdade, com direito de escolha, com exercício de opção. Novamente a forma de reforço verbal é utilizada com relação ao verbo morrer, o que literalmente seria "morrerás, morrerás", enfatizando o verbo. |
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Ocorrência #8 do Nome Pessoal do Criador
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E disse YAOHUH (IÁORRU) Ulhim: Não é bom que o homem [ser humano] viva só; farei para ele ajuda [companheira] diante dele [frente a ele]. |
Ver nota do verso 20. |
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Ocorrência #9 do Nome Pessoal do Criador |
E formou YAOHUH (IÁORRU) Ulhim, do solo, todos os animais do campo, e todas as aves dos céus; e os trouxe ao homem [ser humano] para ver como os chamaria; e do modo pelo qual o homem [ser humano] chamou cada ser vivo, assim foi o nome. |
Aqui Ulhim faz passar cada ser vivente diante da observação do ser humano, não somente para concluir a denominação de cada componente da criação, mas, em especial, para a constatação do homem de que nenhum ser vivente seria semelhante a ele, ou poderia formar par perfeito com ele. |
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E chamou [denominou] o homem [ser humano] a todas as feras [animais selvagens, quadrúpedes], e às aves dos céus, e para todo animal do campo; e para o homem [ser humano] não se achava ajuda [companheira] diante dele [frente a ele]. |
A palavra "neged" literalmente significa "diante de", "em frente"; contudo, é viável uma tradução menos literal, considerando que todos os animais foram identificados pelo homem, um por um, e nenhum deles se assemelhava ao homem para ser companheiro, como par perfeito. Assim, podemos traduzir de forma menos literal para "não se achava companheira semelhante a ele", ou ainda, "não se achava companheira que formasse par com ele". |
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Ocorrência #10 do Nome Pessoal do Criador |
E fez descer YAOHUH (IÁORRU) Ulhim um sono [letargo] sobre o homem [ser humano], e este adormeceu; e Ele tomou uma de suas costelas, e fechou a carne ali. |
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Ocorrência #11 do Nome Pessoal do Criador |
E formou YAOHUH (IÁORRU) Ulhim, da costela que tinha tomado do homem, uma mulher, e a trouxe ao homem. |
Até este ponto não havia definição escritural sobre quem teria sido criado em primeiro lugar, se o ser humano macho ou o ser humano fêmea, uma vez que as escrituras se referiam apenas ao homem genericamente, como ser humano (adam). Aqui fica esclarecido que o segundo ser humano, formado a partir da costela do primeiro, foi uma mulher, sendo portanto, o primeiro ser humano, um varão. |
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E disse o homem: Esta aqui, esta vez, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; e esta aqui se chamará mulher, porque do homem [varão], esta aqui foi tirada. |
O homem apenas levou a palavra "'ish" (homem,varão) para o feminino "'ishah" (varoa, mulher), uma vez que ela havia sido criada a partir dele. Do mesmo modo pelo qual "adam" era uma denominação genérica para o ser humano, agora "'ish" e "'ishah" são denominações genéricas separadamente para os varões e varoas, não sendo ainda um nome próprio individual. "'Ish" e "'ishah" são traduzidos diretamente como "homem" e "mulher", não sendo, portanto, nomes próprios. Neste verso a palavra "adam" foi usada com referência ao ser humano varão, como se percebe pelo próprio sentido do texto. A expressão da frase do ser humano varão nos transmite claramente o sentido menos literal de "agora sim eu tenho um par", depois de ter observado cada ser vivente, um por um. |
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Por isso deixa um homem seu pai e sua mãe; ele se une à sua mulher e tornam-se uma (só) carne. |
O homem tem em sua mulher a sua própria carne. A mulher feita a partir do homem é, de fato, continuação de sua carne. O texto hebraico utiliza apenas a palavra "ekhad" que em si já expressa a quantidade "um"; a palavra "só" vem entre parêntesis em português para enfatizar o sentido de "única", embora "ekhad" seja suficiente para expressar tal sentido em hebraico, neste caso. |
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E estavam os dois nus, o homem e sua mulher, e não se envergonhavam. |
Aqui a palavra "adam" foi usada para se referir ao ser humano varão, e não foi utilizada a palavra "'ish" (homem), embora a palavra usada para o ser humano fêmea tenha sido a mesma utilizada pelo homem, a saber: "'ishah" (mulher). |
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