SOBRE DIVISÕES
As escrituras dizem, pelas palavras que Shaul escreveu:
"Porque até mesmo importa que haja divisões entre vós, para que também os aprovados se tornem manifestos em vosso meio".
"Importa" significa "é importante", "é necessário", "é preciso".
E por que seria importante, necessário e preciso haver divisões?
Para que os aprovados sejam manifestos.
Só há dois tipos de pessoas: os aprovados e os desaprovados.
Não importa se você confessa o Nome, se você faz muitas coisas, se você canta, se você prega, se você ensina, se você lidera pessoas, se você produz vídeos, se você passa o dia postando dezenas de mensagens, e nem mesmo se você opera milagres.
Muitos que confessam o Nome serão rejeitados naquele dia. Muitos dos que fazem isso, fazem aquilo, e estão sempre fazendo alguma coisa, serão rejeitados naquele dia. Muitos dos que operem milagres também serão rejeitados naquele dia.
Por que?
Porque não estão entre os aprovados.
Uma coisa é a aparência exterior das pessoas, e outra coisa é a realidade interior das pessoas.
A aparência exterior das pessoas é como elas se apresentam às outras pessoas, como elas desejam serem vistas pelas outras pessoas, mas a realidade interior é o que elas realmente são no íntimo, onde YAOHUH UL vê sem que ninguém possa ocultar.
E aqui, Shaul revela que a realidade oculta de muitos não é para ficar oculta, mas para ser manifesta, seja como aprovado ou como desaprovado.
E são as divisões que evidenciam essas coisas.
Todas as vezes que há uma divisão, amados, vocês podem estar certos que haverá o lado dos aprovados e o lado dos desaprovados, porque os aprovados têm afinidade de caráter entre si, compartilhando de uma mesma realidade interior aprovada, do mesmo modo que os desaprovados também têm uma afinidade de caráter entre si e também compartilham de uma realidade interior desaprovada.
E como são manifestos, tanto os aprovados como os desaprovados?
Diz a escritura que é pelo fruto que se conhece a árvore, e essa é uma realidade da qual ninguém consegue fugir, porque do mesmo modo pelo qual uma galinha bota ovo pelo simples fato de ser uma galinha, também o interior do homem vem para fora na forma de frutos, de forma inevitável, porque YAOHUH UL expõe e entende que é necessária tal manifestação.
Palavras, atitudes, afirmações, ações, e até mesmo pensamentos escapam em forma de fruto. Os intuitos do coração, sejam luminosos ou obscuros, acabam vindo para fora na forma de frutos, quando então se tornam visíveis por todos.
E é nessa hora que as afinidades se compõem para formar divisões, porque os aprovados possuem afinidade espiritual pelos demais aprovados, do mesmo modo que os desaprovados possuem afinidade espiritual pelos demais desaprovados. Os aprovados desfrutam e se deleitam com os frutos dos demais aprovados, do mesmo modo que os desaprovados desfrutam e se deleitam com os frutos dos demais desaprovados.
E o mais grave disso tudo é que os desaprovados se acham aprovados.
Como eu aqui não estou escrevendo para uma pessoa específica e nem para qualquer grupo específico de pessoas, me sinto em plena liberdade para exortar a todos a uma profunda reflexão espiritual sobre a realidade interior de cada um, porque a facilidade com que os seres humanos são enganados é enorme, e não são enganados apenas por outras pessoas, mas são enganados, principalmente, por si próprios.
Num simples e rápido vislumbre desse mundo nós podemos ver como é fácil as pessoas serem enganadas por religiosos, políticos, por professores, por estudiosos, por amigos ou pela própria família, os quais semeiam péssimas sementes no coração e que acabam por produzir péssimos frutos na vida. Contudo, a esses, ainda que difícil para muitos, é mais fácil rejeitar tais sementes e lançá-las fora se comparadas às sementes que são semeadas por si próprio. E mais difícil ainda é observar e constatar quais são as suas afinidades espirituais. Quem são aqueles dos quais você desfruta de afinidade espiritual e tem prazer nos seus frutos?
São aqueles que têm uma só palavra, uma só cara, uma só atitude, uma verdadeira sinceridade, um desmedido amor pela verdade e pela justiça, um zêlo máximo pelas coisas do Reino, uma fidelidade palpável ao que é reto, puro e de boa fama?
Ou sua afinidade está naqueles que falam o que convém, que têm uma cor aqui e outra ali, que fazem concessões com a verdade se isso lhes trouxer algum benefício, que se importam mais com a admiração dos homens do que com a admiração de YAOHUH UL, que sendo loucos se apresentam como sábios, que sendo obscuros se apresentam como luminosos, e que dizendo serem ricos, abastados, sem necessitar de coisa alguma, na realidade não sabem que são infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus?
Sim, amados, isso é justamente o que a Oholyao em Laodicéia pensa de si mesma, sem saberem e nem sequer perceberem que são infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus.
Onde está a sua afinidade, o seu prazer e o seu deleite?
Nesses ou naqueles?
Nos desaprovados ou nos aprovados?
Em Laodicéia ou em Filadelfia?
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