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SOBRE DÍZIMOS E OFERTAS Baixar arquivo em PDF para impressão

Introdução

Antes que você tenha de ler todo o estudo, talvez seja bom adiantar aqui, logo no início, que esse estudo mostrará que não existem dízimos na vigência da fé em que nos encontramos.
Para começarmos a tratar desse assunto, sobre o qual existem tantas discussões, é preciso que verifiquemos todas as menções a dízimos nas escrituras, bem como à décima parte, porque são sinônimos. Dízimo significa exatamente isso: a décima parte ou um décimo. Algo menor do que a décima parte não era dízimo, e algo maior do que a décima parte também não era dízimo.
Onde há referências a dízimos?
Há referências a dízimos anteriores à lei, referências na lei, e algumas referências após a vigência da lei, contudo essas últimas somente fazendo referência às duas anteriores.
Mostraremos também que existem ofertas na vigência da fé, e como elas devem ser feitas para evitar toda aparência do mal, bem como o mal em si.

Analisemos então as três situações, distintamente, colocando cada coisa no seu devido tempo e com o seu devido motivo e forma. Antes da lei, na lei e após a lei.

ANTES DA LEI

O dízimo de Abruham.

Aqui importa que sejamos extremamente cuidadosos com as palavras que escrevemos para não induzir entendimentos tendenciosos aos leitores.
Na língua portuguesa, como em qualquer outra língua, as palavras têm um significado que precisa ser usado com correção e adequação para transmitirmos corretamente um conceito ou uma informação, porque o uso errado das palavras pode, e certamente levará, a entendimentos incorretos.
Seria passada uma ideia falsa e errônea aos leitores se usássemos expressões como "prática de dizimar", ou "Abruham dizimava" ou ainda "Abruham entregava seus dízimos".
Isso não é fiel à verdade e muito tendencioso, porque "prática de dizimar", "Abruham dizimava" e "Abruham entregava seus dízimos" indica um procedimento contínuo e não ÚNICO, como as escrituras revelam.
Redigido desta forma, estaria levando o leitor a entender que "Abruham dizimou muitas vezes" ou que "Abruham dizimava constantemente".
A própria expressão "prática de dizimar" passa uma ideia errônea de que tal coisa acontecia sempre, o que não é fato escritural.
As escrituras mostram um ato isolado, ainda que verdadeiro e sincero, mas isolado, de Abruham em relação a Molkhitzaodoq (corrompido como Melquizedeque).
As escrituras mostram uma, e somente uma, entrega de dízimo (singular) de Abruham, e não mostra mais nenhuma, pelo que qualquer afirmação no sentido de que "pode ser" ou "talvez seja" ou ainda "quem sabe?" em relação a Abruham ter dizimado mais do que uma única vez, não passam de conjecturas, suposições, afirmações não escriturais, ou pior, adições às escrituras de forma corruptiva, pois não podemos "achar", "supor" ou "conjecturar" sobre o que as escrituras não mostram.
Como já entramos na questão do dízimo de Abruham, seria melhor abordar todo o assunto em profundidade, mesmo que abaixo seja necessário fazer referência novamente ao que abordamos aqui.

Para abordarmos o assunto, precisamos considerar alguns aspectos ordenadamente:

1) Abruham pagou o dízimo uma ÚNICA vez a Molkhitzaodoq.

Isto é muito simples de entender, não somente porque tal pagamento só é relatado uma única vez, em Bereshiyt (Gênesis) 14:20, como, e principalmente, tal pagamento foi feito sobre os despojos de guerra, conforme Hebreus 7:4 nos afirma: "Considerai, pois, como era grande este a quem Abruham, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos". Como não consta que Abruham tenha participado de mais de uma "matança de reis", nem que tenha se encontrado com Molkhitzaodoq em "cada matança", é correto entendermos que houve um despojo sobre o qual Abruham pagou o dízimo (singular) UMA ÚNICA VEZ.
É, pois, incorreto e tendencioso afirmar que "Abruham praticava o dízimo", como se fosse coisa costumeira, ou mesmo que "Abruham entregava seus dízimos (plural)", como se ele tivesse entregue mais de uma vez. É correto, sim, afirmar que Abruham pagou dízimo uma única vez sobre os despojos de guerra da matança dos reis, quando Molkhitzaodoq foi ao seu encontro.
É também importante perceber que Abruham não entregou dízimo sobre absolutamente nada de sua renda, dos seus próprios bens, mas sim dos despojos de guerra, bens esses que foram tomados dos vencidos. Abruham não entregou dízimo de suas colheitas, nem de seu rebanho, e muito menos de dinheiro. Entregou dízimo sobre os despojos de guerra, que ele tomou dos vencidos.

2) O povo yaohudi (judaico) considerava Abruham como o superior a todos, como patriarca da nação, sendo muito difícil reconhecerem que havia alguém superior a Abruham, principalmente YAOHUSHUA. Memorizem, por favor, este fato, pois o mencionaremos adiante e veremos sua importância.

Manyaohu 3:8-9 - "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abruham; porque Eu vos afirmo que destas pedras ULHIM pode suscitar filhos a Abruham".
Yaohukhánan 8:56-58 - "Abruham, vosso pai, alegrou-se por ver o Meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-Lhe, pois, os yaohudim: Ainda não tens cinquenta anos e viste a Abruham? Respondeu-lhes YAOHUSHUA: Em verdade Eu vos digo, antes que Abruham existisse, Eu sou. Então pegaram em pedras para atirarem nEle; mas YAOHUSHUA Se ocultou e saiu do templo".

Note que YAOHUSHUA se refere a Abruham como "pai deles", e não como Seu pai, ainda que Ele tenha toda uma genealogia que passa por Abruham.
Note também que a simples revelação da verdade acerca da diferença de estatura entre Abruham e YAOHUSHUA foi suficiente para que os yaohudim pegassem pedras para atirarem nele.

3) O pagamento do dízimo de Abruham não é mencionado nas escrituras como um ato de fé, mas sim como um ato de reconhecimento de superioridade de Molkhitzaodoq.

Lendo a carta aos Hebreus, no capítulo 11, acerca dos exemplos de fé, vemos os seguintes exemplos da parte de Abruham:

a) Obedeceu para ir a um lugar onde deveria receber por herança.
b) Peregrinou na terra da promessa.
c) Ofereceu Yaotzkhaq em sacrifício.

Como vemos, o pagamento do dízimo a Molkhitzaodoq não é contado entre os atos de fé de Abruham, e como tal, os que argumentam que pagam dízimos por fé estão errando em seus entendimentos, visto que o dízimo do "pai da fé", Abruham, não está contado como um ato de fé. O dízimo pago por Abruham é contado como um reconhecimento da superioridade de Molkhitzaodoq, tipo de YAOHUSHUA, sobre o próprio Abruham, quando a escritura diz: "Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abruham deu o dízimo dentre os melhores despojos". O pagamento de dízimo ÚNICO de Abruham visava tão somente estabelecer a superioridade de YAOHUSHUA, figurado por Molkhitzaodoq, sobre Abruham. Por isso, um ÚNICO pagamento de dízimo foi suficiente, não havendo necessidade de um segundo, ou outros posteriores.

4) Abruham é o pai da fé, e as escrituras afirmam que fomos enxertados no povo yaohudi, o qual YAOHUH UL considera como sendo o da fé, e não da consanguinidade. Assim, pela fé, podemos nos considerar (e somos) filhos de Abruham legitimamente, como seus descendentes.

Romanos 4:1-17 - "Que diremos, pois, ter alcançado Abruham, nosso pai segundo a carne? Porque, se Abruham foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de ULHIM. Pois, que diz a Escritura? Creu Abruham em ULHIM, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida; porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça; assim também Daud declara bem-aventurado o homem a quem ULHIM atribui a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem YAOHUH não imputará o pecado. Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos: A Abruham foi imputada a fé como justiça. Como, pois, lhe foi imputada? Estando na circuncisão, ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas sim na incircuncisão. E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda não era circuncidado, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles na incircuncisão, a fim de que a justiça lhes seja imputada, bem como fosse pai dos circuncisos, dos que não somente são da circuncisão, mas também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abruham, antes de ser circuncidado. Porque não foi pela lei que veio a Abruham, ou à sua descendência, a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé. Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é anulada. Porque a lei opera a ira; mas onde não há lei também não há transgressão. Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abruham, o qual é pai de todos nós. (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no Qual creu, a saber, ULHIM, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem".

Nossa descendência em Abruham fica extremamente clara neste texto, sendo ele o pai (com "p" minúsculo) de todos os que crêem. Abruham é, pois, o nosso pai, com "p" minúsculo, segundo as escrituras.

5) A carta aos Hebreus, foi, obviamente dirigida a este povo, com o objetivo de tratar das Boas Novas numa ótica judaica, abordando todo o conhecimento que eles já possuíam das escrituras e esclarecendo pontos de fundamental importância para eles em relação ao que se fez novo.

6) A carta aos Hebreus, no capítulo 7, dos versos 1 ao 28 que abaixo transcrevo, possui um contexto muito claro de evidenciar algumas coisas que falarei após lermos o texto (por favor, atentem para as partes em destaque):

Hebreus 7:1-28 - "Porque este Molkhitzaodoq, rei de Shuaoleym, sacerdote do UL ULYON, que saiu ao encontro de Abruham quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou, a quem também Abruham separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça, e depois também rei de Shuaoleym, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de ULHIM), permanece sacerdote para sempre. Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abruham deu o dízimo dentre os melhores despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abruham; mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abruham, e abençoou ao que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, os recebe aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abruham, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, porquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Molkhitzaodoq saiu ao encontro deste. De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Molkhitzaodoq, e que não fosse contado segundo a ordem de Aharon? Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele, de quem estas coisas se dizem, pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu ao altar, visto ser manifesto que nosso Maor procedeu de Yaohudah, tribo da qual Mehushua nada falou acerca de sacerdotes. E ainda muito mais manifesto é isto, se à semelhança de Molkhitzaodoq se levanta outro sacerdote, que não foi feito conforme a lei de um mandamento carnal, mas segundo o poder duma vida indissolúvel. Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Molkhitzaodoq. Pois, com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de ULHIM. E visto como não foi sem prestar juramento (porque, na verdade, aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, mas este com juramento daquele que lhe disse: Jurou YAOHUH, e não Se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre), de tanto melhor pacto YAOHUSHUA foi feito fiador. E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a ULHIM, porquanto vive sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus; que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando Se ofereceu a Si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre".

Uma outra tradução ainda é mais enfática quando diz com outras palavras: "E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abruham. Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Molkhitzaodoq saiu ao encontro deste". Ou seja, Levi ainda estava em Abruham, e na pessoa de Abruham pagou dízimo quando Abruham pagou o dízimo.

São destaques de contexto neste texto:

a) Provar escrituralmente que Molkhitzaodoq é tipo de YAOHUSHUA, e como tal, superior a Abruham. Isto é provado com um ÚNICO ato de reconhecimento de Abruham, pagando o dízimo sobre o melhor dos despojos. É também evidenciada a superioridade de YAOHUSHUA sobre Abruham quando o texto ensina que "sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior". E Abruham foi abençoado por Molkhitzaodoq, tipo de YAOHUSHUA. Um ÚNICO pagamento de dízimo foi necessário e foi suficiente para estabelecer esta superioridade de YAOHUSHUA, não sendo necessário nenhum pagamento de dízimo posterior, como realmente não houve.

b) Provar que o antigo sacerdócio levítico foi substituído pelo novo sacerdócio. De Levi o sacerdócio passou para Yaohudah, em YAOHUSHUA.

c) Provar que os filhos de Abruham, mesmo antes de existirem, estavam nele, e pagaram o dízimo ÚNICO a Molkhitzaodoq, na pessoa de seu pai Abruham. "E, por assim dizer, por meio de Abruham, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimo, porquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Molkhitzaodoq saiu ao encontro deste". Um dízimo ÚNICO de reconhecimento, e não de tributo contínuo. Note com atenção o que o texto diz em relação a todo o povo que pagava dízimos sob o regime da lei: "ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abruham" como que dizendo: "Pagavam dízimos, embora seu pai Abruham já tivesse pago por todos eles"; pagavam por força de lei, no regime da lei, e não da fé.

d) Como somos todos da Oholyao, legítima e escrituralmente filhos de Abruham, conforme já escrituralmente esclarecido no item 4 lá acima, fica claro que estávamos também em Abruham quando ele pagou dízimos a Molkhitzaodoq; portanto, já pagamos, nós os que cremos, estando em Abruham, o dízimo ÚNICO de reconhecimento da superioridade e majestade do Sumo Sacerdote Eterno YAOHUSHUA, não nos cabendo mais nenhum pagamento futuro de dízimos, pois não mais estamos sob a tutela da lei, e nosso tributo ÚNICO de reconhecimento do Sacerdócio, segundo a ordem de Molkhitzaodoq, já foi pago por nosso pai na fé, de uma vez por todas, a saber: Abruham.

e) Quem recebeu o dízimo de Abruham? Molkhitzaodoq, figura de YAOHUSHUA, para evidenciar a superioridade de YAOHUSHUA sobre Abruham.

Importante observação:É tão importante notar quem pagou dízimo como quem recebeu dízimo. Aqui, quem pagou foi Abruham e quem recebeu foi Mokhitzaodoq, tipo de YAOHUSHUA.

É muito importante que tenhamos compreensão espiritual sobre este conceito escritural de "estarmos em alguém".

As escrituras afirmam que pelo pecado de um homem, todos pecaram. Esta é a primeira evidência do conceito de que pecamos porque estávamos no primeiro homem que pecou, ha-adam (que as escrituras traduzidas nomeiam erroneamente de Adão).
As escrituras são enfáticas quando se trata de nossa salvação pelo fato de passarmos a estar em YAOHUSHUA, e não mais estarmos em ha-adam. Fomos pregados no madeiro em YAOHUSHUA, morremos em YAOHUSHUA, ressuscitamos em YAOHUSHUA e vivemos em YAOHUSHUA. Por estarmos em YAOHUSHUA, Sua vitória é a nossa vitória, Sua santidade é a nossa santidade, Seu esplendor é o nosso esplendor, Sua herança é a nossa herança, Sua justiça é a nossa justiça e Sua filiação de YAOHUH UL é nossa filiação de YAOHUH UL. As escrituras dizem até que estamos assentados em lugares celestiais por estarmos em YAOHUSHUA.
As escrituras também afirmam que estávamos em Abruham, como seus filhos, do mesmo modo que os levitas e todo o povo de Yaoshorul, e que, por estarmos em Abruham, praticamos nele os atos de fé que ele praticou, e PAGAMOS O DÍZIMO ÚNICO QUE ELE PAGOU. Somos, como filhos legítimos de Abruham, co-participantes de sua fé e de seu pagamento de dízimo ÚNICO a YAOHUSHUA na pessoa de Molkhitzaodoq.

Note que as escrituras:

1) Nos atribuem pecado e perdição pelo simples fato de estarmos em ha-adam quando ele pecou. Nós estávamos em ha-adam muito antes de nascermos, pois todos descendemos dele no natural, carnal.
2) Nos atribuem salvação e herança por termos saído de ha-adam e entrado em YAOHUSHUA. Fomos feitos novas criaturas, e portanto, criados de novo, em YAOHUSHUA.
3) E também, do mesmo modo, nos atribuem quitação de dízimos por estarmos em Abruham, quando este pagou o dízimo ÚNICO, quando então todos pagamos na pessoa dele.

Assim, não depende do que nós efetivamente fizemos, mas sim, de em quem estamos. Se permanecemos em ha-adam, estamos perdidos. Se permanecemos em YAOHUSHUA estamos salvos. Se permanecemos na fé, somos filhos de Abruham, e temos em Abruham a total quitação de dízimo. Se voltamos para a lei, não somos filhos de Abruham e nem estaremos mais em YAOHUSHUA, então devemos pagar dízimos e obedecer toda a lei, sem esperança de salvação, porque pela lei ninguém é justificado.
YAOHUSHUA disse: "Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer". - Yaohukhánan 15:4,5.
Ora, se YAOHUSHUA nos manda permanecermos nEle, é porque nEle já estamos. Fora dEle não temos mérito algum, mas nEle, temos todos os Seus méritos e herança. A nós são atribuídos todos os atos de justiça de YAOHUSHUA porque estamos nEle.
Notem que YAOHUSHUA não nos manda dar frutos de nós mesmos, porque Ele mesmo diz que isso é impossível, mas manda, sim, que permaneçamos nEle para então darmos muito fruto. Permaneçamos, pois, na fé, para que continuemos filhos de Abruham e tenhamos quitado nosso dízimo ÚNICO nele, e permaneçamos na fé em YAOHUSHUA para que tenhamos a filiação de YAOHUH UL que Ele tem!

Ainda, antes da lei, vemos um voto feito por Yaohukaf (Jacó), prometendo a YAOHUH UL Lhe dar o dízimo, caso YAOHUH UL o abençoasse.
Em primeiro lugar, um voto é uma ação pessoal e isolada de alguém para com YAOHUH UL, não se constituindo em doutrina.
Em segundo lugar, mas não menos importante, é que esse voto foi uma negociação de Yaohukaf para com YAOHUH UL, como se YAOHUH UL não pudesse abençoá-lo gratuitamente.
Não lemos em nenhum verso escritural que Yaohukaf tenha cumprido tal voto, embora YAOHUH UL realmente o tenha abençoado com os filhos e netos que viriam a ser os cabeças das doze tribos de Yaoshorul.

DURANTE A LEI

Embora não tenha nenhuma relação com a nossa realidade do tempo presente, quando não mais estamos na vigência da lei, mas sim da fé, é sempre bom esclarecermos os aspectos relacionados a dízimos na vigência da lei, porque os que ainda insistem em dizimar por conta da lei, perceberão o quanto estão enganados quanto às suas práticas, forma, lugares, etc., em especial aos que são viciados em citar Malaokiy (Malaquias), cuja vigência está debaixo da lei, e não na vigência da fé. Será útil também para abrir os olhos daqueles que estão sendo iludidos por pregações de dízimos com base nos dízimos da lei.

O dízimo na vigência da lei nunca foi entregue mensalmente e nunca foi entregue em dinheiro. Este é um primeiro aspecto bem relevante para os que hoje insistem em pagar dízimos em dinheiro e mensalmente, baseados na lei.
Mostraremos aqui que, na vigência da lei, o dízimo só podia ser entregue no lugar determinado por YAOHUH UL, não podia ser entregue em dinheiro e deveria ser consumido pelos próprios dizimistas, diante dos levitas e com a participação dos levitas, que eram os sacerdotes segundo a ordem de Levi.

Os que hoje entregam dízimos com qualquer base na lei, estão errando enormemente, pelas seguintes razões:

a) O sacerdócio levítico mudou para Yaohudah em YAOHUSHUA, e não há mais levitas diante dos quais entregarmos dízimos da lei. Nos tornamos um reino de sacerdotes segundo YAOHUSHUA, mas não mais segundo o sacerdócio levítico.
b) O dízimo da lei não pode ser entregue no Brasil, nem na Europa e nem em nenhum lugar que não seja o lugar indicado, conforme veremos a seguir.
c) O dízimo da lei não podia ser entregue em dinheiro, pois devia ser consumido pelos dizimistas na presença dos levitas e com participação dos levitas (que já não são mais nossos sacerdotes).
d) O dízimo da lei não era entregue mensalmente. Era anual e trienal.
e) E o mais importante de todos os pontos: Nós não estamos mais debaixo da lei, pois estamos mortos para a lei e vivos em YAOHUSHUA. Quem paga dízimos da lei está negando a fé, porque ou vivemos na vigência da lei ou vivemos na vigência da fé. Assim, não devemos retornar ao jugo de lei, de forma alguma, estando já lavados e purificados pelo sangue de YAOHUSHUA, por meio da fé e não da lei, porque ninguém é justificado pelas obras da lei, senão somente pela fé em YAOHUSHUA.

Com que frequência e em que lugar os dízimos eram apresentados sob a vigência da lei? E o que era feito com eles?

Devarim (Deuteronômio) 12:4-14 diz:
"Não fareis assim para com YAOHUH, vosso UL, mas buscareis o lugar que YAOHUH, vosso UL, escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o Seu Nome e Sua habitação; e para lá ireis. A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. Lá, comereis perante YAOHUH, vosso UL, e vos alegrareis em tudo o que fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado YAOHUH, vosso UL. Não procedereis em nada segundo estamos fazendo aqui, cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos, porque, até agora, não entrastes no descanso e na herança que vos dá YAOHUH, vosso UL. Mas passareis o Yardayan e habitareis na terra que vos fará herdar YAOHUH, vosso UL; e vos dará descanso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros. Então, haverá um lugar que escolherá YAOHUH, vosso UL, para ali fazer habitar o Seu Nome; a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e toda escolha dos vossos votos feitos a YAOHUH, e vos alegrareis perante YAOHUH, vosso UL, vós, os vossos filhos, as vossas filhas, os vossos servos, as vossas servas e o levita que mora dentro das vossas cidades e que não tem porção nem herança convosco. Guarda-te, não ofereças os teus holocaustos em todo lugar que vires; mas, no lugar que YAOHUH escolher numa das tuas tribos, ali oferecerás os teus holocaustos e ali farás tudo o que te ordeno".

Devarim (Deuteronômio) 12:17-19 diz:
"Nas tuas cidades, não poderás comer o dízimo do teu cereal, nem do teu vinho, nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas, nem nenhuma das tuas ofertas votivas, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as ofertas das tuas mãos; mas o comerás perante YAOHUH, teu UL, no lugar que YAOHUH, teu UL, escolher, tu, e teu filho, e tua filha, e teu servo, e tua serva, e o levita que mora na tua cidade; e perante YAOHUH, teu UL, te alegrarás em tudo o que fizeres. Guarda-te, não desampares o levita todos os teus dias na terra".

Devarim (Deuteronônio) 14:22-29 diz:
"Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E, perante YAOHUH, teu UL, no lugar que escolher para ali fazer habitar o Seu Nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer YAOHUH, teu UL, todos os dias. Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que YAOHUH, teu UL, escolher para ali pôr o Seu Nome, quando YAOHUH, teu UL, te tiver abençoado, então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que YAOHUH, teu UL, escolher. Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante YAOHUH, teu UL, e te alegrarás, tu e a tua casa; porém não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que YAOHUH, teu UL, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem".

Embora não nos afetem hoje, na Nova Aliança, as escrituras mostram as seguintes verdades acerca dos dízimos sob o regime da lei, conforme os textos acima:

a) O dízimo era entregue anualmente, e não mensalmente.
b) O dízimo era comido pelos dizimistas, e os levitas podiam participar.
c) O dízimo era levado ao local indicado por YAOHUH UL, que no caso era o lugar que Ele escolheu para colocar o Seu Nome (primeiro o Tabernáculo e posteriormente o Templo).
d) O dízimo não podia ser entregue em dinheiro, porque devia ser consumido. Quando alguém morasse longe, de modo que não pudesse levar vacas, ovelhas, etc., deveria vender essas coisas e levar o dinheiro, que era mais fácil de transportar. Contudo, ao chegar ao lugar, deveria comprar com esse dinheiro tudo aquilo que iria comer, beber e se alegrar diante de YAOHUH UL. O dinheiro não era entregue a ninguém, mas usado para comprarem o que iriam comer e beber, e se alegrarem diante de YAOHUH UL!
e) A cada três anos o dízimo poderia ser consumido na própria cidade do dizimista, mas sempre cuidando para que os levitas não ficassem desamparados. Assim, que ninguém seja enganado por pregações de dízimos em dinheiro, mensalmente, ou que fique com medo de ameaças caso não paguem, porque não estamos mais nem debaixo da lei e nem debaixo do sacerdócio levítico. Os enganadores são especialistas em conseguir seus objetivos por meio de impor medo nas pessoas, escravizando-as pelo medo, em especial por meio da péssima interpretação de Malaokiy (Malaquias).

Importante observação: É muito importante notar quem pagava dízimos como quem recebia dízimos. Aqui, quem pagava era o povo (homens chefes de suas casas) e quem participava conjuntamente eram os levitas.

APÓS A VIGÊNCIA DA LEI

Não existe nenhum ensino sobre dízimos da parte dos emissários que foram preparados por YAOHUSHUA para pregar as Boas Novas. Não lemos nenhum ensino ou recomendação sobre dízimos na vigência da fé. Pelo contrário.
Vejamos alguns textos bastante relevantes sobre o assunto na Nova Aliança:

Palavras de Kafos no Concílio de Yaohushuaoleym: "Ora, ULHIM, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo a eles o RUKHA ULHIM, como também a nós nos concedera. E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração. Agora, pois, por que tentais a ULHIM, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós? Mas cremos que fomos salvos pela graça do Molkhiul YAOHUSHUA, como também aqueles o foram". - Atos 15:8-11

A prática de dizimar foi abolida junto com a Lei, e não pelo Concílio de Yaohushuaoleym. O concílio de Yaohushuaoleym apenas endossou a revogação de toda a Lei, tanto para os gentios (goym) como para os judaicos (yaohudim).

Mas sobre o que se referem estas palavras de Kafos no concílio?

"Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a Lei de Mehushua". - Atos 15:5

Note que, havia fariseus que haviam crido, como hoje creio que há fariseus dos tempos modernos que dizem crer, e com relação e esses foi escrito esse alerta por carta:

"Os irmãos, tanto os emissários como os anciãos, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações. Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem nenhuma autorização, vos tem perturbado com palavras, transtornando a vossa alma, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, eleger alguns homens e enviá-los a vós outros com os nossos amados Barnabé e Shaúl, homens que têm exposto a vida pelo Nome de nosso Molkhiul YAOHUSHUA. Enviamos, portanto, Yaohudah e Silas, os quais pessoalmente vos dirão também estas coisas. Pois pareceu bem ao RUKHA ULHIM e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde". - Atos 15:23:29

Diz mais o texto, sobre como os gentios receberam esta notícia:

"Quando a leram, sobremaneira se alegraram pelo conforto recebido". - Atos 15:31

Além da fidelidade à verdade, meus ensinamentos aqui expostos visam também este "conforto" a todos vocês, no qual os irmãos de Antioquia muito se alegraram, por não terem mais de carregar pesado jugo de lei sobre seus ombros.

Importante observação: É muito importante notar que ninguém deve pagar dízimos como ninguém deve receber dízimos na vigência da fé. Aqui, não pode haver quem receba dízimos, pelo simples fato de não haver quem os tenha de pagar. Os que recebem dízimos estão enganando aos que pagam, de modo que erram eles e erram também os que são por eles orientados a pagar dízimos.

Sobre ofertas

Muito pouco temos a falar sobre ofertas, porque elas não têm valor determinado, é algo entre você e YAOHUH UL somente, ninguém deve saber o que você oferta, a sua mão direita não deve saber o que faz a sua mão esquerda, enfim, a oferta só é medida pelo amor ao próximo. Ninguém possui essa medida senão apenas YAOHUH UL, e como tal, ninguém deve saber da oferta de ninguém, e também não deve cobrar oferta de ninguém.
Para evitar, não só o mal mas também toda aparência do mal, sempre temos recomendado que as ofertas sejam enviadas dos ofertantes diretamente aos necessitados, sem passarem pelas mãos de intermediários. Certamente temos entre nós pessoas suficientemente confiáveis para levar oferta a algum necessitado que não possua conta bancária ou que por algum motivo não possa se locomover, contudo, somente nesses casos isso deve ser aplicado, de modo que ninguém seja centralizador de ofertas ou cobrador de ofertas em nosso meio.
Dar é fruto do amor, e por isso, é algo que devemos muito incentivar, e me refiro ao amor, porque o dar é só consequência do amor. E como todas as coisas em nossas vidas devem ser feitas sob a direção do RUKHA ULHIM, porque "aquele que é guiado pelo RUKHA ULHIM esse é filho de YAOHUH UL", até o quanto dar, quando dar, a quem dar, também devem estar sob a orientação do RUKHA ULHIM, pois se por um lado devemos dar a quem o RUKHA deseja abençoar, por outro lado não devemos dar a quem o RUKHA quer reter. E que ninguém confunda, jamais, "avareza" com "o RUKHA quer reter", porque essa desculpa servirá só para você, e para ninguém mais. E também não dê para tentar se justificar por obras, porque por obras ninguém é justificado. DAR e AMAR são inseparáveis, e a segunda é a causa da primeira. Dar por qualquer outra razão (outro "porque") não é aceitável aos olhos de YAOHUH UL.

RESUMO E CONCLUSÃO:

a) Antes da lei - Os dízimos entregues antes da lei não foram obra de fé, pois o dízimo de Abruham foi um ato de reconhecimento, e não está mencionado entre os seus atos de fé, e o dízimo de Yaohukaf foi um voto pessoal isolado que não sabemos se foi cumprido. Portanto, não se constituem em doutrina para que hoje, na vigência da fé, o pratiquemos.
b) Na vigência da lei - Os dízimos da lei eram para ser COMIDOS e BEBIDOS, anualmente, no Templo. Se alguém quer viver sob a lei e entregar dízimos, terá de esperar o Templo ser reconstruído, pois os dízimos não podiam ser entregues em nenhum outro lugar. Contudo, recomendo firmemente que ninguém se mantenha hoje sob o regime da lei, pois ao faze-lo estará abandonando YAOHUSHUA e a Salvação que só a fé pode promover. A lei jamais trará salvação a ninguém.
c) Na vigência da fé - Não há nenhum ensino sobre dízimos por parte de YAOHUSHUA, em primeiro lugar, bem como não há ensino sobre dízimos por parte de nenhum dos emissários em suas epístolas. Não se vê ninguém recolhendo dízimos no livro de Atos, além do Concílio de Yaohushuaoleym ter endossado o fim da vigência da lei. Não foi o Concílio que finalizou a vigência da lei, pois foi a morte de YAOHUSHUA que o fez, mas o Concílio reconheceu isso, e não incluiu o dízimo entre as quatro recomendações aos gentios (goym) e nem aos próprios judaicos (yaohudim).
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